domingo, 12 de julho de 2009

Análise Crítica: Museu Oi Futuro

O museu das telecomunicações, apesar do nome Oi futuro, diz muito sobre o passado. Com uma decoração que buscava ser futurista e interativo, o espaço me pareceu um pouco exagerado e a interatividade forçada, com o uso de um controle remoto que pouco acrescentou à experiência (se fossem botões perto das telas não teria diferença alguma em termos de interatividade). De positivo há o aspecto de não haver um padrão linear de visitação, o visitante faz seu roteiro e vê o que quer.

Intervenção inJogo

A intervenção do meu grupo, que se chamou inJogo foi localizada no hall em frente ao LAGEAR e na área próxima à marquise da área aberta. O conceito inicial é a da criação de dois espaços que causassem estímulos diferenciados e que eles estivessem separados um do outro, mas que um interferisse no outro. Buscou-se também que a interação ocorresse devido a ações simples como o caminhar ou o tocar

O fruimento da intervenção se dá em dois ambientes que provocam os estímulos separados: a parte exterior e a interior. A primeira é uma nave de pano com uma espécie de meia, em que a pessoa pode entrar e explorar o ambiente que ela está criando e brincar com o que estiver sendo projetado ao mexer no pano.

O interior consiste no hall em frente ao LAGEAR, na E.A. UFMG,e quando uma pessoa pisa nas placas pretas do chão, características como a cor, largura e altura dos desenhos projetados na "meia" são modificadas, bem como o volume de um ou do outro som.

CONSTRUÇÃO

O grupo concentrou os esforços iniciais no programa do processing e na nave de pano.

O programa do Processing foi basicamente um "slideshow" com os desenhos feitos nas auals de desenho projetivo, no qual à cada desenho estavam associados dois sons que eram palavras-chave relacionados aos desenhos.A nave de pano foi feita criando-se uma espécie de tenda preta com uma meia branca no interior.

Tendo finalizado essas duas etapas, a parte interna, no hall, foi o alvo do trabalho do grupo. Fizemos as placas no chão, usando papel alumínio, papel de jornal e papel contact, ligando-as em uma placa de teclado.

O interior ainda parecia faltar algo. Tivemos então a idéia de fazer os desenhos nas paredes. Para tanto, projetamos uma transparência na parede e cubrimos a sombra com durex preto. Além disso, cubrimos lagumas das lajotas do piso com papel contact sem apresentar funcionalidade.

Comunicamos com o grupo do quarto andar, mandando para eles o som ambiente e eles nos mandando um input de mouse, que faz com que os sons aumentem de volume e em seguida abaixem, akém de adicionar momentaneamente uma moldura de um elevador.

Problemas e críticas do processo

As maiores dificuldades no processo foram a construção da tenda e a comunicação. A nave havia sido planejada para ficar no vão da escada e não na marquise. Simplesmente transportamos a idéia e isso nos fez gastar muito mais dinheiro e material para que isso fosse possível, além de que o processo de guardar a tenda era algo trabalhoso. Outra conseqüência disso foi que a tenda não teve todo o potencial visual que teve quando pensamos no vão da escada.

A comunicação foi algo complicado basicamente por dois motivos: a conexão de internet que conseguimos foi uma de wireless aberta, que muitas vezes era desligada. A outra dificuldade foi conseguir fazer o próprio programa do processing funcionar.

RESULTADO

O ambiente criado ficou interativo e razoavelmente intuitivo, com bom acabamento visual. No entanto, a forma como as imagens mudavam e a disposição das placas no chão faziam com que, quando muitas pessoas estavam no lugar, elas não tinham muita noção de o que elas estavam fazendo. Outro aspecto que não me agradou tanto foi a aparência da tenda externamente, que por não ter sido pensada para a marquise, ficou com um certo visual de "caixa preta".